A emblemática pasta, mais conhecida como macarrão em terras tupiniquins, tem sido alvo de diversas polêmicas que despertam discussões acaloradas. Uma delas envolve o hábito, bastante comum entre alguns brasileiros, de cortar a pasta antes de consumi-la, um gesto aparentemente trivial, mas que pode gerar controvérsias, especialmente na presença de italianos. Essa prática desencadeia reações
A emblemática pasta, mais conhecida como macarrão em terras tupiniquins, tem sido alvo de diversas polêmicas que despertam discussões acaloradas.
Uma delas envolve o hábito, bastante comum entre alguns brasileiros, de cortar a pasta antes de consumi-la, um gesto aparentemente trivial, mas que pode gerar controvérsias, especialmente na presença de italianos.
Essa prática desencadeia reações intensas entre os italianos devido ao profundo apego deles às tradições e costumes gastronômicos. O famoso ditado “non tagliare la pasta”, que significa “não cortar o macarrão”, é mais do que um simples conselho culinário; é uma regra sagrada para muitos italianos.
Não se trata apenas de evitar o ato de cortar a pasta, mas também de não quebrá-la ao colocá-la na panela, uma afronta que pode ser equiparada a uma blasfêmia culinária. Diz-se que até mesmo o Papa, no Vaticano, ficaria de joelhos implorando para que essa prática fosse evitada.
Entretanto, para alguns italianos, esses costumes locais podem parecer um tanto quanto surrealistas. Questões como adicionar catchup à pizza, por exemplo, também geram debates acalorados.
Apesar de ser considerado um sacrilégio gastronômico na Itália, muitos paulistas consideram que a pizza sem catchup simplesmente não tem o mesmo sabor.
Um caso que me recordo com esta coisa de cortar a pasta
Uma lembrança vívida me transporta de volta a alguns anos atrás, quando tive a oportunidade de estar na Itália e me hospedei em um hostel próximo ao centro histórico de Roma.
Em uma cidade onde a gastronomia é uma experiência cultural por si só, a necessidade de cozinhar era rara, já que Roma é conhecida por sua vida noturna vibrante e uma infinidade de opções culinárias a qualquer hora do dia.
No entanto, em um dia feriado próximo à Páscoa, encontrei-me diante de uma situação incomum: praticamente todos os estabelecimentos estavam fechados ou com filas intermináveis. Sem muitas alternativas, decidi preparar minha própria refeição no hostel.
Com ingredientes simples do mercado local, optei por uma clássica pasta à carbonara para saciar minha fome e apreciar um bom prato italiano.
Enquanto cozinhava na pequena cozinha compartilhada do hostel, deparei-me com outro casal de viajantes italianos que também estavam utilizando o espaço.
Foi então que cometi um erro que, para eles, era imperdoável: ao preparar o macarrão, quebrei-o ao meio antes de colocá-lo na panela. O silêncio repentino na cozinha foi rompido por um enfático “não!” e percebi que havia cometido uma verdadeira gafe culinária.
Apesar do constrangimento inicial, o casal italiano, com gentileza, questionou minha ação e compartilhamos boas risadas sobre essa diferença cultural e outros costumes locais.
Foi um momento divertido de troca cultural, mas ficou claro para mim o quão seriamente os italianos levam suas tradições culinárias e o quão importante é respeitar esses rituais para eles.
A pasta, ou macarrão, uma iguaria tão apreciada em terras brasileiras, é também fonte de polêmica quando o assunto é a forma correta de degustá-la.
O simples ato de cortar a pasta antes de consumi-la pode desencadear uma série de reações intensas, especialmente entre os italianos, que veem nesse gesto uma afronta aos seus valores culturais mais arraigados.
Para os italianos, a tradição vai muito além de apenas uma questão de gosto pessoal; é um vínculo com a história e a identidade do país. O ditado “non tagliare la pasta” não é apenas um conselho culinário, mas sim um lembrete sagrado de respeitar as tradições passadas de geração em geração.
Entretanto, nem todos os costumes locais são facilmente compreendidos pelos italianos. Práticas como adicionar catchup à pizza podem parecer estranhas para alguns, mas demonstram como as tradições culinárias podem variar de região para região e até mesmo entre culturas.
Essas diferenças culturais foram trazidas à tona em uma experiência pessoal marcante durante uma viagem à Itália, quando me vi diante de um casal italiano surpreso com minha tentativa de cozinhar macarrão em um hostel.
O simples ato de quebrar o macarrão antes de cozinhá-lo foi o suficiente para provocar uma reação de desaprovação, mas também nos proporcionou momentos de troca cultural e reflexão sobre a importância de respeitar as tradições dos outros.
Essa experiência ilustra como a comida pode ser muito mais do que apenas uma questão de sabor; é uma expressão de identidade cultural e uma oportunidade de aprendizado e respeito mútuo.
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